2. Nunca fale mal da criança na sua presença ou ausência
“Ele é manhoso!”
“É mimado demais!”
“Ele é mau, levanta-me a mão!”
“Não sabe fazer nada!”
“Só faz porcaria!”
“Só sabe chorar!”
“Está sempre a chatear-me!”
“O irmão não era nada assim!”
“Pensava eu que vinha outro bebé calminho…!”
“Já só funciona à palmada!”
“Ele já a sabe toda!”
Podia estar aqui o dia inteiro a escrever frases típicas e que ouvimos por parte de muitos pais. Há, de facto, desafios difíceis de superar com um bebé/ criança, porém, porque entendemos que devemos descarregar na imagem dela a nossa frustração e cansaço? Pior ainda, na imagem que passamos dela para os demais? Com tantos aspectos positivos que ela certamente terá, porque nos focamos em “contaminar”, ao invés de “contribuir”? (Recordam-se?).
Pois bem, não só tornamos as conversas entre amigos e conhecidos num verdadeiro aborrecimento, como desrespeitamos os nossos filhos que não estão ali para se defenderem ou nos desmentirem. E, ainda que estejam, nunca usufruem de uma posição para tal. Isto porque o pai/ mãe que tem esta conduta, é o mesmo que usualmente assume uma posição de “ser superior”, não estando acostumado a colocar-se ao nível do filho, nem para comunicar, nem para ouvir.
Tal como fiz no post relativo ao 1º princípio, volto a colocar a questão: fazemos isso com outros adultos? Se a resposta for sim, então façamos uma introspeção no sentido de reconhecer e corrigir esse comportamento. Se for não, uma segunda questão emerge: porque havemos de o fazer com as crianças?
No momento em que elas começam a entender o conteúdo das conversas ou dos comentários negativos alheios, podemos certamente esperar comportamentos reactivos da parte das mesmas. Ninguém gosta de se sentir atacado, minimizado, ridicularizado e muito menos envergonhado.
São sentimentos de revolta, aqueles que queremos gerar nos nossos filhos?
São diálogos negativistas e enfadonhos, aqueles que queremos ter com os nossos conhecidos, amigos ou familiares?
Concentremo-nos no bem 🙂
Até breve!
Joana