Introdução alimentar – 6 meses

Depois de 2 meses a devorar uma sopa e uma papa diárias (devorar mesmo 🙂 ), chegou a altura de fazer mais umas adições ao plano alimentar do Vi.

Não sendo nós apologistas do atual consumo desmesurado de carne, optámos, ainda assim, por seguir as recomendações da pediatra e incluímo-la na sopa do almoço. Não pretendemos que o Vi cresça a consumir carne numa base diária, porém, nesta fase em que ele ainda é muito pequeno e as restrições são algumas, não vamos inventar. Muito tempo haverá para lhe criar a consciência de que a criação de animais para consumo humano está muito longe dos princípios éticos que desejaríamos ver em prática no mundo. Optamos, assim, por incluir carne de frango do campo e juntá-la a 4 ou 5 legumes, em puré, tal como já acontecia antes.

Outra mudança neste período foi a introdução da papa com glúten. Felizmente a Holle tem duas opções lácteas à escolha: de espelta e de banana. Já experimentámos as duas e o Vi adorou-as. Vamos assim variando entre estas e a de Millet que ele já consumia desde os 5 meses. A refeição da papa deixou também de ser o jantar e passou a ser o lanche.

Ao jantar, a recomendação foi passar a dar a sopa de vegetais e, dessa forma, existirem apenas duas refeições de leite por dia. Na verdade, por algum motivo ou por motivo nenhum em concreto, assim que o bebezão fez 6 meses, tive uma quebra enorme na produção de leite, que se tem acentuado, a cada dia, até hoje. Inicialmente, os dois biberões diários eram de leite materno; neste momento, só conseguimos um a cada 2 dias. Foi algo muito natural e que tenho aceitado bem. Sinto que fiz tudo o que podia e fico satisfeita por nunca ter desistido. Agora é deixar fluir, continuando sempre com a extração diária, e quando acabar, fechamos este ciclo.

Duas semanas depois de fazermos estas alterações, chegou a altura de aumentar o leque de frutas e oferecer algumas mais alergénicas: pêssego, manga, papaia, melão, ameixa. O Vi já tinha provado papaia e manga e aceitou bem. Até agora, gostou sempre de tudo 🙂

Aos 7 meses, a ideia será alternarmos a papa do lanche com iogurte natural não açucarado. Não adoramos a ideia, mas talvez testemos. Ainda assim, a papa com cereais e não apenas o lacticínio é uma opção mais sensata, para nós. A seu tempo, e tal como planeamos com fazer a carne, acabaremos também por eliminar o leite de vaca da ementa (aqui em casa não consumimos).

Uma questão que foi tema de conversa na consulta de pediatria foi o BLW. Confesso que me agrada a ideia de o bebé ser apresentado aos alimentos na sua forma original e ter a oportunidade de os explorar e levar à boca livremente. Testei, por várias vezes, com o Vicente (sempre com total vigilância) e ele adaptou-se sempre bem e conseguiu ir triturando e engolindo as frutas que lhe fui dando, nunca se tendo engasgado de forma séria. Ainda assim, a pediatra desaconselhou enormemente (este “enormemente” devia estar escrito em Caps!) qualquer introdução de alimento sólido antes dos 8 meses. Argumentou muito seriamente a sua posição e o que é facto é que acabámos por concordar e aceitámos adiar esta forma de alimentação. Sem radicalismos, por vezes damos um ou outro pedaço de fruta ou pão, uma vez que notamos que o Vi demonstra muito interesse em ganhar autonomia neste campo.

Desta forma, eis o plano diário atual e que se manterá até aos 8 meses:

  • 08:00h – Leite artificial
  • 12:00h – Puré de legumes com carne + fruta
  • 16:00h – Papa (intercalada com iogurte a partir dos 7 meses)
  • 20:00h –Puré de legumes
  • 23:30h – Leite materno

 

Até breve!

Joana

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