O sexto mês

A sensação que tenho, cada vez que venho escrever acerca de um novo mês, é a de que o Vicente é um bebé totalmente diferente do mês anterior. O sexto mês não é exceção e talvez represente, até à data, o mais representativo período de evolução física e cognitiva.

De repente, aparece uma intenção em tudo o que faz. O olhar, que sempre fora muito atento e focado, inspeciona agora os brinquedos de uma ponta à outra, antes de ser tomada a decisão de mordê-los, agitá-los, bater com eles na mesa ou no chão e produzir sons, ou simplesmente colocá-los de lado e examinar os seguintes.

Sentar-se sozinho e explorar a sua cesta do tesouro é uma das atividades favoritas do Vi. Quando não estou por perto, coloco sempre a almofada de amamentação em volta dele, isto porque o domínio do equilíbrio na posição sentada não se adquire de um dia para o outro e, por vezes, ao tentar movimentar-se para alcançar objetos que estão mais longe, ainda tomba 🙂

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Este mês marcou também o início das gargalhadas mais longas, dos olhares mais brincalhões e das cócegas. Sim, cócegas! Nas pernas, na barriga, no pescoço, nos pés… um amor! E falando em pés, foram outra descoberta deste sexto mês 🙂 Agarrá-los e levá-los à boca tem sido um dos movimentos favoritos.

Trocar a fralda passou a ser um desafio. A necessidade de movimento e de exploração de tudo o que o rodeia é enorme e, na maioria das vezes, o bebezão fica elétrico. Pelo mesmo motivo, começámos agora a equacionar dar os banhos dentro da zona de duche… e poupar o chão do quarto, que tem ficado inundado 🙂 🙂 🙂

Na alimentação, mantivemos o mesmo esquema, com a adição da papa ao jantar. Na verdade, não éramos a favor das papas. Até que conhecemos a Holle e a nossa opinião mudou um pouco; felizmente já existem alternativas às tradicionais papas cheias de açúcar. Até à data, não houve nada de que o Vi não gostasse e come sempre com vontade e interesse 🙂

Outro dos pontos altos deste período foi o aparecimento dos primeiros dentes. O primeiro com 5m+1s e o segundo com 5m+2s. É mais um daqueles momentos em que nos apercebemos de que o nosso bebé está mesmo a crescer. Que dualidade de sentimentos…

Nesta fase, tomámos também a decisão de colocar de lado o ovinho (cadeira auto 0+), onde o Vicente já ficava bem apertado, e adquirir uma cadeira auto (que dará até aos 18kg) muito mais confortável para ele. No carrinho de bebé, passámos a utilizar a cadeira de passeio virada para a frente. Foi um sucesso! Agora que a visão já está bem mais desenvolvida, o Vi adora ir atento ao ambiente que o rodeia. O marsúpio (da Ergobaby) é, igualmente, umas das formas privilegiadas de transporte. Na verdade, não há nada melhor do que um bebé embalado e rendido no colinho da mãe 🙂

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Até já!

Joana

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O segundo mês

Deixei de ter um recém-nascido!

Pois é, o bebé pequenino, com vontades e necessidades ainda pouco expressas, cresceu! Não me refiro ao tamanho propriamente dito, porque continua pequeno (embora a escalar veementemente alguns percentis 😀 ), mas a uma série de evoluções que o tornam, agora, num ser fascinante, com acções intencionais e uma graça enorme em tudo o que faz 🙂

O primeiro sorriso “de verdade” deu-se no início deste segundo mês e marcou toda uma nova forma de relação entre nós, pais, e o Vicente. As idas ao trocador passaram a ser uma diversão e uma oportunidade de comunicação muito mais eficaz! Aqueles desconfortos com o pós-banho e mesmo com o acto de despir para trocar a fralda deixaram de existir, pelo simples facto de o Vi já conseguir entender e moldar o seu comportamento perante diálogos apaziguadores e serenos da nossa parte (com mil sorrisos pelo meio, sempre!).

 

E o olhar? Que diferença no olhar! Passou a seguir-nos para todo o lado, a seguir a Camila (nossa cadela), bem como tudo aquilo que lhe chamava a atenção. E começou a procurar o nosso próprio olhar, terminando ou num franzir de testa (aquela expressão de pensamento profundo de que vos falei num post anterior) ou numa risada 🙂

Outro marco muito importante, e do qual vos quero falar depois com muito mais pormenor, foi a passagem para o próprio quarto durante a noite. Fizemo-la no dia 6 de Junho, altura em que o Vi fazia cerca de um mês e meio. Gostaríamos que tivesse acontecido logo no final no primeiro mês, mas confesso que alguns receios prevaleceram. Precisámos de mais uns dias para “garantir” (nunca é garantido, na verdade…), que as grandes regurgitações não aconteciam com tanta frequência durante a noite.

Foi também nesta altura que os intervalos entre refeições passaram de 3h-3h para 4h-4h ou mesmo 5h-5h. Mantivemos o esquema da noite: até às 06h00, o D assegurava as mesmas e, a partir daí, entrava eu. Foi um mês bastante cansativo, muito porque o D começou a trabalhar. Por um lado, estas noites com uma grande privação de sono desgastavam-no enormemente, por outro, os dias quase inteiros passados sozinha com o Vi também me levavam a uma certa exaustão. Mas nada que uma boa equipa, com membros motivados e felizes, não aguente!

 

No que respeita à alimentação propriamente dita, mantivemos o padrão do mês anterior. O bebezão continua quase exclusivamente a beber leite materno. Retiro-o com a bomba, três (por vezes, quatro) vezes por dia, assegurando 5 dos 6 biberões diários. É aborrecido, é verdade, e priva-nos de alguns planos mais ambiciosos de saídas de casa. Ainda assim, é por um bem maior e é isso que me move e me faz continuar com o mesmo afinco. Cada dia com o meu leite, é um dia a mais com todas as vantagens que o mesmo traz consigo. Uma das últimas leituras que fizemos foi a de alguns artigos e estudos OMS, relativamente a esse mesmo tema. Dêem uma espreitadela e ficarão surpreendidos com a quantidade de relações entre aleitamento materno e uma série de aspectos positivos vida fora!

Neste mês, passámos também por 2 móbiles diferentes – o dos octaedros (o Vi delirava com ele!) e o Gobbi. Foi mais desafiante captar a atenção sustentada para este último, tendo acontecido mais perto do final do mês e com alguma “ajudinha” da nossa parte, movendo as bolinhas de lã de uma forma mais “entusiasta” 🙂 Normalmente, o tempo dedicado ao móbile acontecia da parte da manhã, altura em que a disposição e energia do Vi o permitiam durante um período mais alargado. Aproveitávamos também, de seguida, para o colocar de barriga para baixo, exercitando os músculos do pescoço.

 

Outra coisa que introduzimos e tornámos algo rotineira foi a música, em especial a música clássica. No Spotify encontrámos uma playlist maravilhosa – Mozzart for Babies e, desde então, tem sido a banda sonora da nossa “ginástica intestinal” (como gostamos de a chamar) 🙂 bem como de alguns momentos de relaxamento durante o dia.

Quanto aos passeios fora de casa, tornaram-se um pouco mais frequentes e, além do carrinho de bebé, passámos a utilizar um porta-bebés (da ergobaby que, desde já, recomendo!) que se revela uma opção bem mais prática e funcional para pequenas distâncias. No nosso caso, optámos pelo modelo Adapt.

 

 

E o problema de resumir o mês anterior estando já no final da primeira semana do mês seguinte é querer desenfreadamente contar-vos novidades e novas conquistas recentes! Mas vou aguentar-me e guardá-las para posts posteriores 🙂

 

Até já!

Joana